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sexta-feira, 25 de abril de 2014

ECOFEMINISMO

Hoje volto à atenção ao movimento popular do ecofeminismo para que possamos entender a sua importância e os seus preceitos.

Ecofeminismo é um termo originalmente criado pela feminista francesa Françoise d´Eaubonne em 1974. É a teoria que busca o fim de todas as formas de opressão. Relaciona as conexões entre as dominações por raça, gênero, classe social, dominação da natureza.

Françoise d'Eaubonne, utiliza pela primeira vez o termo ecofeminismo na sua obra "Le Feminism ou la Mort" para referir-se à capacidade das mulheres como impulsoras de uma revolução ecológica que ocasione e desenvolva uma nova estrutura relacional de gênero entre mulheres e homens.


O feminismo pode ser definido como o pensamento e o movimento em direção à igualdade política, econômica e social entre mulheres e homens. A ecologia é o estudo da relação entre grupos humanos e seus ambientes físico e social. A combinação das palavras ecologia e feminismo, o ecofeminismo abraça a ideia de que a opressão das mulheres e a opressão ou destruição da natureza estão intimamente ligadas.

A relação da mulher com a natureza pode se dada pela teoria Gaia onde a natureza é retratada como feminina e as mulheres são frequentemente consideradas mais próximas da natureza do que os homens. A conexão fisiológica das mulheres com o nascimento e nutrição tem levado em parte a essa associação junto à natureza.



Uma das pioneiras do movimento foi Vandana Shiva que lutou por um modelo de desenvolvimento ecológico centrado no papel das mulheres. Nos anos 70 e 80, Vandana Shiva fez parte do movimento Chipko, no qual mulheres indianas protestaram contra exploração florestal industrial ao abraçar as árvores que lhes serviam de fonte de sustento, dando origem à expressão “treehugger” (abraçador de árvores) utilizada para designar ambientalistas.


As preocupações da nova consciência ecológica e feminista se articulam em torno de três eixos: 1) a sustentabilidade ecológica e social, baseada em relações de irmandade/fraternidade para com a natureza e entre os seres humanos; 2) o respeito e a preservação da diversidade biológica e cultural no meio de um sistema que busca a uniformidade e a destruição das diferenças; 3) a participação e a comunicação nas relações sociais e nas formas de governo, inspiradas na democracia como valor a ser vivido em todos os níveis de nossa vida.

Os pontos principais nos quais se baseiam o movimento são os seguintes:

1. A ordem simbólica patriarcal estabelece por igual uma situação de dominação e exploração para as mulheres e para a natureza.
2. O patriarcado faz uso da biologia para situar as mulheres num plano de proximidade com a natureza, identificando-as com ela. Os homens, em oposição, se identificam com a razão, justificando desta forma a superioridade da razão sobre a natureza ou, o que é o mesmo, a superioridade do patriarcado; assim se explicam que as mulheres sejam consideradas inferiores aos homens.
3. As mulheres estão numa posição vantajosa para acabar com a dominação patriarcal sobre a natureza e sobre si mesma, dado que suas próprias situações de exploração as fazem estar mais próximas.
4. O movimento feminista e o movimento ecologista têm objetivos comuns e deveriam trabalhar conjuntamente na construção de alternativas.

BIBLIOGRAFIA:

http://www.servicioskoinonia.org/agenda/archivo/portugues/obra.php?ncodigo=305

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