Os resíduos sólidos de forma geral são fatores de risco a
saúde humana quando não disposto em um lugar certo. Por ser responsável pelas
maiorias das transmissões de vetores em área urbana, sobretudo na periferia,
sua disposição é vista como assunto sério na área de saneamento.
Os resíduos sólidos se conceituam como materiais
heterogêneos, (inertes, minerais e orgânicos) resultantes das atividades
humanas e da natureza, os quais podem ser parcialmente utilizados, gerando,
entre outros aspectos, proteção à saúde pública e economia de recursos naturais.
Sua principal classificação se dá por:
• domiciliar;
• comercial;
• industrial;
• serviços de saúde;
Características
físicas:
• compressividade: é a redução do volume dos resíduos
sólidos quando submetidos a uma pressão (compactação);
• teor de umidade: compreende a quantidade de água existente
na massa dos resíduos sólidos;
• composição gravimétrica: determina a porcentagem de cada
constituinte da massa de resíduos sólidos, proporcionalmente ao seu peso;
• per capita: é a massa de resíduos sólidos produzida por
uma pessoa em um dia (kg/hab/dia);
• peso específico: é o peso dos resíduos sólidos em relação
ao seu volume.
Características
químicas:
• poder calorífico: indica a quantidade de calor desprendida
durante a combustão de um quilo de resíduos sólidos;
• teores de matéria orgânica: é o percentual de cada
constituinte da matéria orgânica (cinzas, gorduras, macronutrientes,
micronutrientes, resíduos minerais, etc);
• relação carbono/nitrogênio (C/N): determina o grau de
degradação da matéria orgânica;
• potencial de hidrogênio (pH): é o teor de alcalinidade ou
acidez da massa de resíduos.
Sob o ponto de vista sanitário, a coleta se dá de forma
efetiva para a redução dos perigos decorrentes de mau acondicionamento na fonte,
reduzindo a proliferação de vetores. O sistema de coleta, teoricamente, deve
ser bem organizado a fim de produzir o maior rendimento possível e servir, pela
sua pontualidade, de estímulo e exemplo para que a comunidade colabore.
Em certas cidades existe uma estação de transferência que
servem para armazenamento temporário dos resíduos. São bastante utilizados em
grandes centros urbanos, em que uma maior economia é conseguida pelo transporte
dos resíduos em veículos com capacidade de 40m³ a 60m³ (caminhões de lixo).
lixo compactado |
Como disposição final, o lixo ou resíduo, a técnica de
aterramento visa o enterramento planejado e controlado, quando os aspectos
ambientais, de modo a evitar a proliferação de vetores, roedores e outros
riscos à saúde.
Classificação dos
aterros:
• aterros de superfície;
• aterros com depressões e ondulações;
• método de rampa;
• método de trincheira;
• método da área;
• aterros em valas.
Para resumir, o aterro sanitário de resíduos sólidos urbanos
é a técnica ideal para a disposição final que visa à minimização dos impactos
ambientais, método este que utiliza princípios de engenharia para confinar os
resíduos sólidos à menor área possível e reduzi-los ao menor volume
permissível, cobrindo-os com uma camada de terra. Esse modelo impermeabiliza os
líquidos produzidos durante a lixiviação do lixo (chorume) protegendo as águas subterrâneas
presente no local.
esquema de um aterro sanitário |
Com o projeto bem feito de aterro sanitário, não há
possibilidade de transmissão de doenças e há redução significativa de produto
final disposto no terreno, com a cooperação da coleta seletiva que como forma de
educação, visa ensinar o cidadão sobre o seu papel como gerador de lixo. Cabe a
população colaborar utilizando dos princípios dos 3R’s (reciclar, reduzir e reutilizar)
além de cobrar do governo municipal ou estadual a implantação da coleta
seletiva para não só contribuir com a despoluição do ambiente como também
prezar pela própria saúde.
BIBLIOGRAFIA:
- figura 1: http://3.bp.blogspot.com/-bRzxF3VU4wU/TqBL6yHt0jI/AAAAAAAAAlM/hWdz8IDj_zo/s1600/Figura1.jpg
- figura 2: http://www.manutencaoesuprimentos.com.br/imagens/lixo-reduzido-em-volume-apos-compactacao-industrial.jpg
- figura 3: http://cdn.rumosustentavel.com.br/wp-content/uploads/2010/05/003.gif
- Manual de saneamento. 3. ed. rev. - Brasília: Fundação Nacional de Saúde, 2006.
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