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domingo, 1 de junho de 2014

RESÍDUOS SÓLIDOS NO SANEAMENTO

Os resíduos sólidos de forma geral são fatores de risco a saúde humana quando não disposto em um lugar certo. Por ser responsável pelas maiorias das transmissões de vetores em área urbana, sobretudo na periferia, sua disposição é vista como assunto sério na área de saneamento.

Os resíduos sólidos se conceituam como materiais heterogêneos, (inertes, minerais e orgânicos) resultantes das atividades humanas e da natureza, os quais podem ser parcialmente utilizados, gerando, entre outros aspectos, proteção à saúde pública e economia de recursos naturais.

Sua principal classificação se dá por:

• domiciliar;
• comercial;
• industrial;
• serviços de saúde;



Características físicas:

• compressividade: é a redução do volume dos resíduos sólidos quando submetidos a uma pressão (compactação);
• teor de umidade: compreende a quantidade de água existente na massa dos resíduos sólidos;
• composição gravimétrica: determina a porcentagem de cada constituinte da massa de resíduos sólidos, proporcionalmente ao seu peso;
• per capita: é a massa de resíduos sólidos produzida por uma pessoa em um dia (kg/hab/dia);
• peso específico: é o peso dos resíduos sólidos em relação ao seu volume.

Características químicas:

• poder calorífico: indica a quantidade de calor desprendida durante a combustão de um quilo de resíduos sólidos;
• teores de matéria orgânica: é o percentual de cada constituinte da matéria orgânica (cinzas, gorduras, macronutrientes, micronutrientes, resíduos minerais, etc);
• relação carbono/nitrogênio (C/N): determina o grau de degradação da matéria orgânica;
• potencial de hidrogênio (pH): é o teor de alcalinidade ou acidez da massa de resíduos.

Sob o ponto de vista sanitário, a coleta se dá de forma efetiva para a redução dos perigos decorrentes de mau acondicionamento na fonte, reduzindo a proliferação de vetores. O sistema de coleta, teoricamente, deve ser bem organizado a fim de produzir o maior rendimento possível e servir, pela sua pontualidade, de estímulo e exemplo para que a comunidade colabore.

Em certas cidades existe uma estação de transferência que servem para armazenamento temporário dos resíduos. São bastante utilizados em grandes centros urbanos, em que uma maior economia é conseguida pelo transporte dos resíduos em veículos com capacidade de 40m³ a 60m³ (caminhões de lixo).

lixo compactado


Como disposição final, o lixo ou resíduo, a técnica de aterramento visa o enterramento planejado e controlado, quando os aspectos ambientais, de modo a evitar a proliferação de vetores, roedores e outros riscos à saúde.

Classificação dos aterros:

• aterros de superfície;
• aterros com depressões e ondulações;
• método de rampa;
• método de trincheira;
• método da área;
• aterros em valas.

Para resumir, o aterro sanitário de resíduos sólidos urbanos é a técnica ideal para a disposição final que visa à minimização dos impactos ambientais, método este que utiliza princípios de engenharia para confinar os resíduos sólidos à menor área possível e reduzi-los ao menor volume permissível, cobrindo-os com uma camada de terra. Esse modelo impermeabiliza os líquidos produzidos durante a lixiviação do lixo (chorume) protegendo as águas subterrâneas presente no local.
esquema de um aterro sanitário



Com o projeto bem feito de aterro sanitário, não há possibilidade de transmissão de doenças e há redução significativa de produto final disposto no terreno, com a cooperação da coleta seletiva que como forma de educação, visa ensinar o cidadão sobre o seu papel como gerador de lixo. Cabe a população colaborar utilizando dos princípios dos 3R’s (reciclar, reduzir e reutilizar) além de cobrar do governo municipal ou estadual a implantação da coleta seletiva para não só contribuir com a despoluição do ambiente como também prezar pela própria saúde.

BIBLIOGRAFIA:
  • figura 1: http://3.bp.blogspot.com/-bRzxF3VU4wU/TqBL6yHt0jI/AAAAAAAAAlM/hWdz8IDj_zo/s1600/Figura1.jpg
  • figura 2: http://www.manutencaoesuprimentos.com.br/imagens/lixo-reduzido-em-volume-apos-compactacao-industrial.jpg
  • figura 3: http://cdn.rumosustentavel.com.br/wp-content/uploads/2010/05/003.gif
  • Manual de saneamento. 3. ed. rev. - Brasília: Fundação Nacional de Saúde, 2006.

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