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terça-feira, 20 de agosto de 2013

ASFALTO BORRACHA PELA ÓTICA AMBIENTAL

Inventado em 1960 pelo norte-americano Charles MacDonald, o asfalto-borracha cobre hoje aproximadamente 70% da malha rodoviária do Arizona.

O material é caracterizado por mistura com liga de asfalto modificado por borracha triturada de pneus e compactado a quente, procedimento utilizado para aumentar a ligação entre as partículas para a produção em escala comercial.

No Brasil, anualmente, são descartados mais de 30 milhões de pneus, dos quais a maior parte é disposta em locais inadequados.Os pneus são depositados inteiros em aterros de lixo comum ou jogados em vias públicas, rios e córregos. Quando empilhados em quintais ou terrenos baldios, propiciam a proliferação de animais que podem transmitir doenças como a leptospirose e dengue, quando queimados emitem gases tóxicos (Oliveira, Otávio; de Castro, Rosani) causando assim impactos na saúde pública e no meio ambiente.

O asfalto-borracha tem maior aderência, o que ajuda a evitar derrapagens e reduz o spray causado pelos pneus em dias de chuva e pode ser utilizado em qualquer rodovia com as mesmas condições da aplicação do asfalto convencional.

A seguir um modelo esquematizado e simplificado da produção do asfalto borracha:


Pela parte econômica vemos que o asfalto borracha custa entre 30 à 50% a mais que o asfalto convencional porém seu custo pode ser justificado. Segundo estudos realizados a cada 1000 km de asfalto a economia é de:
  • Petróleo (R$ 14 milhões);
  • Pedras (R$ 26 milhões);
  • Energia (R$ 10 milhões);
  • Tempo de viagens (25 milhões veículos/ano);
  • Aterros sanitários (R$ 8 milhões).
FONTE: Consórcio Univias

O asfalto-ecológico está presente na região das rodovias Imigrantes e Anchieta entre outros locais. Hoje há cerca de mais de 8 mil km de estradas pavimentadas com asfalto-borracha no Brasil.

Através da utilização dessa mistura vemos que as vantagens ambientais e até econômicas são viáveis para a utilização dos asfaltos borrachas. A durabilidade varia de acordo com as condições da estrada, a temperatura e clima da região, assim como a intensidade do tráfego.  Segundo o engenheiro Pa­­­ulo Ruwer, res­­­­­­­­­­pon­­­­­­­sável por uma experiência pioneira com asfalto-borracha em 2001 em uma estrada controlada pelo consórcio Univias, "Em uma rodovia de alto tráfego com estrutura de pavimento robusta, o asfalto-borracha pode durar cinco anos, e em uma de baixo tráfego bem estruturada e com as mesmas condições climáticas pode durar 25, 30 anos".

OLIVEIRA, Otávio José de; Castro, Rosani de; ESTUDO DA DESTINAÇÃO E DA RECICLAGEM DE PNEUS INSERVÍVEIS NO BRASIL. 27º Encontro Nacional de Engenharia de Produção.Foz do Iguaçu, PR, Brasil. 2007

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